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Rudy Rafael

Guns N´Roses – Nada pode ser menor

Neste mês o Brasil esteve recebendo a visita de uma das 500 maiores bandas da história. Uma banda que encantou e dominou o cenário da música de Los Angeles, EUA, que fez dezenas de fãs por sua cidade e que após seu término, em 1993, o vocalista resolveu contratar músicos de apoio para continuar tocando pelo cenário suburbano do rock continental: o  Guns N´Roses. A banda que passou 17 anos sem lançar um único álbum de estúdio de inéditas, sem contribuir em nada para a cultura e o cenário do rock mundial, sem expressar talento e genialidade com criação alguma, sobrevivendo na mídia por fofocas e ti-ti-tis dignas de revista de madame em salão de beleza e cujos fãs, pelo bem da própria banda, sempre se contentaram em viver do passado, sem desejar que uma banda fizesse música, retorna ao Brasil para uma série de shows.

A banda que com letras como “Não chore esta noite, não chore esta noite”, “Derramei uma lágrima, porque estou sentindo sua falta” e  “Onde quando eu era criança eu me escondia, e rezava para o trovão e para a chuva, calmamente passarem por mim” e que com o vocalista com seu shortzinho colado iria gerar os princípios que deram origem ao movimento emo, voltou, e quebrando tudo, literalmente. Nesta data, 18.03.2.010, a banda sem cd´s e sem prêmios está com o show cancelado no RJ; pois a estrutura do palco veio abaixo com a água poucos dias antes da apresentação de Axl Rose & banda. Pela incapacidade de quebrar os recordes através de músicas (como o Bon Jovi que tem seu 5.º álbum no topo do mundo (The Circle – 2009), quebrando o próprio recorde de 4 álbuns (Beatles tem 3)), a única coisa que restou ao Guns N´Roses e que soe semelhante ao verbo “quebrar” foi ter o palco quebrado, pela chuva; pois a parte de quebrar recordes foi deixada para gente que entende mais do assunto, Bon Jovi.

A produção do Guns estrelinhas N´Roses esperava cerca de 100 mil pessoas nos 5 shows a serem realizados no Brasil, com a provável esperança de que com 20 mil pessoas por show pudessem bater o recorde do incrível Jota Quest, do sensacional Carlinhos Brown e do divino Rodolfo Abrantes (agora atuante no cenário gospel latino), mas, bem provável é que tal sonho não seja realizado ainda este ano. Entretanto, os fãs da banda não hão de se desesperar, já que o grupo se apequenando cada vez mais e tocando na periferia dos palcos internacionais (banda grande só toca em SP e RJ) também fizeram apresentações em outras cidades menores e possivelmente em um futuro próximo a garotada de Tubarão/SC poderá ver Axl Rose & banda em sua cidade, assim como já viram Nazareth.

A banda acaba de colocar em sua crew o espetacular Dj Ashba, alguém que veio para fazer a balada acontecer, tornando o show algo mais intimista (para pouca gente mesmo) e, quanto menor o público, mais fácil é o retorno. Mover uma estrutura para 15 mil pessoas é muito mais fácil do que uma para 80.000, como é a média do público de Bon Jovi. Sendo assim, se você não viu GNR este ano, nem esquente, quem sabe no próximo? A banda desfigurada, onde toda hora trocam os membros, que se perguntar aos fãs ninguém sabe a formação, cujos fãs de época são testemunhas vivas de Garrincha e Pelé e cuja nova geração vai ao show com camiseta do Korn, Slipknot e Evanescence, volta ao Brasil, pra ter as mesmas apresentações focadas nas músicas dos anos 80 e pra ter os mesmos atrasos e cancelamentos de shows. Tocando cada vez em menores lugares e com menos público a banda mostra para o que veio: nada e o que resta, para aqueles que quiserem acompanhar os amigos no show, é levar Jon, Richie, Tico e Dave no peito (como fazem os bem vestidos) e o The Circle na cabeça (ou no iPod). Guns N´Roses – Nada pode ser menor.

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