Está em exposição no Shopping Muller de Joinville até o dia 25/09/2017 a exposição do I Concurso Municipal de Frase Ilustrada de Joinville com o tema “Minha escolha faz a diferença no Trânsito”. O concurso é relacionado à Semana Nacional de Trânsito e a exposição reúne trabalhos de alunos do 6º ao 9º ano das escolas da rede pública municipal de Joinville sendo que tais trabalhos tinham como objetivo em suma tratar sobre a educação no trânsito.
Dentre os desenhos expostos um do 9º ano chama à atenção.
Primeiramente porque sua frase, “No trânsito, não existem diferenças, somos todos iguais. Escolha o certo, escolha respeitar. (Seja consciente!)”, está em desacordo com a legislação brasileira de trânsito.
O Código de Trânsito Brasileiro (Lei nº 9.503/1997) estabelece no parágrafo 2º de seu art. 29 que: “Respeitadas as normas de circulação e conduta estabelecidas neste artigo, em ordem decrescente, os veículos de maior porte serão sempre responsáveis pela segurança dos menores, os motorizados pelos não motorizados e, juntos, pela incolumidade dos pedestres.”, por onde a própria legislação brasileira de trânsito reconhece não apenas a diferença entre portes de veículos quanto entre motorizados e não motorizados e entre veículos e pedestres.
Como a frase está errada não poderia ter sido aprovada, quanto mais apresentada em uma exposição e quem a escreveu deveria ter sido devidamente instruído sobre as hierarquias que existem na legislação de trânsito brasileira para aprender, por exemplo, que o veículo maior cuida do menor e que todos cuidam dos pedestres. O aluno deveria ser instruído que no trânsito um caminhão e uma bicicleta não são iguais e que em um choque frontal entre ambos os danos físicos de seus condutores também não seriam iguais.
O desenho também chama à atenção por sua própria arte.
Dentre as faces desenhadas a única que contém fundo desenhado é a que apresenta uma mulher onde ao fundo está desenhado um arco-íris, símbolo notória e mundialmente conhecido como do movimento LGBT, e ao seu lado direito, onde abaixo aparece o desenho da placa de Parada Obrigatória, consta o desenho de um homem afeminado com traços femininos destacados, com ênfase em seus cílios, lábios, sobrancelhas e pele sensivelmente delicada.
O desenho e sua mensagem não prestam à coisa alguma no que diz respeito a aprendizado sobre trânsito. Não há conhecimento sobre trânsito a ser extraído do desenho e o mantra de “respeitar” não encontrou efetivo propósito no desenho. O desenho não serviu para passar mensagem alguma sobre a educação no trânsito, mas o concurso serviu para propagar o discurso do “respeito” com um arco-íris e um homem afeminado.
Que a educação no Brasil é horrível, bem se sabe, mas quando um aluno deixa de aprender o certo para passar a aprender o errado o país deve se atentar ao que está acontecendo, principalmente se os próprios professores não se importam com o que o aluno realize desde que o aluno fixe e propague símbolos e mantras de determinadas ideologias.
Qual o propósito de um aluno do 9º ano desenhar um arco-íris ao fundo de uma face, dentre quatro faces, em um desenho relacionado à educação no trânsito? Qual o propósito de um aluno do 9º ano desenhar um homem afeminado em um desenho relacionado à educação no trânsito?
Muitos pais se preocupam tanto com o que seus filhos acessam na internet e na televisão e sobre quem são as pessoas que fazem parte da vida de seus filhos, mas confiam cegamente e entregam diariamente seus filhos sem cuidado algum àqueles que muitas vezes passarão mais tempo com seus filhos do que eles mesmos e dos quais eles não sabem coisa alguma: os professores.
O Brasil pode ter encerrado a Queermuseu do Santander Cultural, mas o espírito dela vive no Brasil.
Que Deus proteja as crianças brasileiras de seus professores.
Outras imagens da exposição:
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Obs.: todas as imagens desta publicação foram fotografadas por mim no local da exposição em 23/09/2017.
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